A Conferência Climática Internacional (CCI25): “Compromisso Latino-Americano”, encerrada nesta quarta-feira (3) em Córdoba, na Argentina, reuniu lideranças regionais para fortalecer a cooperação ambiental e a agenda climática rumo à COP30, que ocorrerá em Belém/PA. A Associação Brasileira de Municípios (ABM) marcou presença com representantes de municípios brasileiros, destacando a importância da Amazônia e da inclusão dos territórios no debate global.
Organizada pelo ICLEI América do Sul em parceria com o governo de Córdoba e o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia (GCoM), a conferência contou com a participação de seis governadores e 18 ministros da Aliança Verde Argentina (AVA), além de prefeitos e prefeitas de toda a América Latina. Do Brasil, estiveram presentes Vilma Freire (Governo do Ceará); Robson Monteiro (Espírito Santo); Francineti Carvalho, prefeita de Abaetetuba/PA e 2ª vice-presidente nacional da ABM; e Márcia Conrado, prefeita de Serra Talhada/PE e vice-presidente do semiárido da ABM.
Amazônia no centro do debate
Em sua fala, a prefeita Francineti Carvalho reforçou o simbolismo da COP30 na Amazônia: “As discussões que as pessoas fazem são: ‘Vai ter hotel para abrigar todo o público? Mas por que Belém? Por que a gente vai falar da Amazônia?’ Espera-se que a região tenha as respostas, mas pouca gente pergunta: ‘Quem está poluindo?’. Chegou a hora de cobrar. Ou entendemos que é um debate coletivo, com povos tradicionais, juventude, mulheres e idosos, ou vamos perecer juntos”, afirmou.
A ABM ressaltou que o evento consolidou a integração de políticas climáticas entre governos locais e regionais, essencial para a implementação de ações concretas. “A presença das prefeitas brasileiras reforça o papel dos municípios na construção de soluções sustentáveis, principalmente diante dos desafios do semiárido e da Amazônia”, destacou a entidade.
A CCI25 serviu como preparação para a COP30, que deve colocar o Brasil e a América Latina em evidência nas negociações climáticas globais. A ABM defende que a voz dos municípios seja prioritária nesse processo, garantindo que as demandas locais se traduzam em políticas efetivas.