A Execução Orçamentária do Governo Federal no enfrentamento da Covid-19 recuo no primeiro semestre de 2021, em comparação com igual período do ano passado. Conforme estudo elaborado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) a despesa caiu 77,8% nos primeiros seis meses, na contramão da ocorrência de contaminação e ocasionadas pela pandemia.
No levantamento do INESC, foram realizadas despesas na ordem de R$ 48,3 bilhões nos seis primeiros meses do ano, contra R$ 217,7 bilhões no ano passado, uma variação negativa de 77,8%. Do total, cerca de R$ 16,9 bilhões foram destinados à área da saúde, maior parcela para aquisição de vacinas. A entidade utilizou como fontes de informações os Portais do Orçamento do Senado Federal e o Siga Brasil.
Do valor total realizado, R$ 27,4 bilhões foram destinados ao Auxílio Emergencial (cerca de 56,7%), para ações em Saúde foram destinados outros R$ 16,9 bilhões (35%) e mais R$ 4 bilhões para o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda. Para o Auxílio Financeiro para Estados e Municípios, Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Pronampe) e Programa Emergencial de Suporte de Emprego e Renda não foram destinados recursos nos primeiros seus meses do ano.
O valor executado com o Auxílio Emergencial recuou 36,4% no período, em um período de recrudescimento do desemprego. Também registrou queda no valor do benefício e pessoas alcançadas.
De março a agosto do ano passado, o valor individual do Auxílio Emergencial foi definido em R$ 600,00, alcançando 68,2 milhões de pessoas. Depois de agosto a dezembro, o valor foi reduzido para R$ 300,00 abrangendo 54,8 milhões de pessoas. No atual Exercício Fiscal, o valor foi estipulado em R$ 150,00 alcançando universo menor de pessoas, em torno de 39,2 bilhões.