Prefeitos de 30 municípios da região metropolitana se reuniram para discutir como enfrentar a queda no abastecimento.
Na terça-feira (28), um diretor da Sabesp cogitou implantar um racionamento severo de cinco dias sem água e apenas dois com. Na reunião de ontem, os prefeitos cobraram do secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, ações para enfrentar a situação.
Prefeitos e representantes de 32 cidades da região metropolitana sugeriram a criação de um projeto de lei comum para combater o desperdício. A ideia é multar quem usa água tratada para lavar calçada, carro e incentivar a reutilização da água do banho e da máquina de lavar, por exemplo.
“Nós não temos um conhecimento perfeito da chuva que vai acontecer, então, estamos fazendo um plano para a situação mais difícil”, explica Benedito Braga.
Durante a reunião, os prefeitos definiram três demandas para o governo do estado. Eles querem que o governo crie um comitê de crise para acompanhar mais de perto as previsões de chuva para os próximos meses. Além disso, eles também querem a criação de um plano de contingência, que elabore e dê alternativas para superar a crise, e a instalação de um plano de comunicação, mais perto das pessoas, para que as informações sobre a atual crise cheguem de forma mais efetiva.
“É preciso combinar esses três elementos já: comitê de crise, plano de contingência e um plano de comunicação eficaz para alertar a população sobre as medidas que têm que ser tomadas para diminuir a severidade”, diz Fernando Haddad, prefeito de São Paulo.
O secretário de Recursos Hídricos Benedito Braga reforçou que se o rodízio for decretado, todo mundo será avisado com antecedência.