Começa neste ano a expansão da graduação em medicina, compromisso assumido pelo governo federal no lançamento do Programa Mais Médicos. O Ministério da Educação (MEC) divulgou a lista final de 49 municípios que tiveram seus projetos autorizados e poderão abrir novos cursos em instituições de educação superior privadas. As cidades contempladas estão distribuídas em 15 estados das cinco regiões do país e a expectativa é que sejam criadas 3,5 mil novas vagas.
Com a Lei do Mais Médicos, a expansão da graduação em medicina passa a obedecer a critérios de relevância e necessidade social. Além disso, deve observar a estrutura dos serviços de saúde dos municípios para viabilizar a realização das atividades práticas da formação médica. “Vamos ampliar as vagas em medicina levando em conta os serviços de saúde ofertados na localidade. Desta forma, garantimos a integração serviço-ensino, tão essencial à formação do médico”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A maior parte dos projetos que cumpriram os itens do edital é de municípios do Sudeste (26) e Nordeste (10). Já o Sul contou com nove municípios e o Norte e Centro-Oeste, contaram com, respectivamente, três e um. Todos os locais receberão a visita de uma comissão de especialistas para verificação da estrutura de equipamentos públicos e programas de saúde existentes no município, bem como a projeção/proposta de contrapartida de investimentos para o Sistema Único de Saúde (SUS) pela instituição de ensino superior privada selecionada.
CRITÉRIOS – A seleção dos municípios interessados, lançada em outubro por meio do edital n° 3/2013, foi realizada em três etapas de caráter eliminatório. Para atender ao critério de relevância e necessidade social, analisado na primeira etapa da pré-seleção, o município precisava contar com 70 mil ou mais habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram excluídas nesta fase as cidades que já ofertavam curso de medicina em seu território, bem como capitais. O objetivo deste critério é estimular a formação de médicos em locais que apresentem maior carência de profissionais, uma vez que a graduação é um importante fator de fixação do profissional de medicina.
ABM APROVA INICIATIVA – Para o presidente da Associação Brasileira de Municípios, Eduardo Tadeu Pereira, a criação de novos cursos de medicina é fundamental para assegurar a formação de médicos em quantidade satisfatória para atender a demanda dos municípios brasileiros. “A contratação de médicos estrangeiros está sendo fundamental para resolver o problema do déficit de médicos a curto prazo, mas é muito importante que o governo viabilize as formação de mais médicos brasileiros, pois essa iniciativa nos trará resultados efetivos a médio e longo prazo. Essa foi uma das bandeiras defendidas pela ABM antes da criação do Mais Médicos e estamos muito satisfeitos pelo Ministério da Saúde colocá-la em prática”, avalia.
Fonte: Portal da Saúde