A Associação Brasileira de Municípios promoveu em novembro de 2015 o projeto “Diálogos Mais Médicos e a Gestão Municipal para a Atenção Básica de Saúde”, desenvolvido em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e o apoio do ministério. A iniciativa teve como objetivo realizar uma avaliação dos dois anos e meio de execução do programa Mais Médicos, do ponto de vista dos prefeitos e gestores municipais de cidades com menos de 50 mil habitantes
O projeto promoveu dois diálogos: um em Manaus/AM, que reuniu prefeitos e gestores da região norte; e um em Brasília/DF, com representantes de prefeituras de todo o Brasil. Além disso, a iniciativa realizou estudos de caso nas cinco regiões do país, através de entrevistas realizadas nas cidades de Ceres/GO (Centro Oeste), Sapucaia/RJ (Sudeste), Teodoro Sampaio/BA (Nordeste), Lapa/PR (Sul) e Novo Airão/AM (Norte). “Investigamos o olhar dos prefeitos, prefeitas e gestores de saúde com o objetivo de registrar os resultados nos municípios menores, que, de maneira geral, tinham maior dificuldade de fixação de médicos, e propor alternativas para o aprimoramento do programa, a partir das demandas das gestões municipais”, explica o presidente da ABM, Eduardo Tadeu Pereira.
Os resultados obtidos através da realização dos Diálogos, que contaram com a participação de representantes da OPAS e do Ministério da Saúde, estão publicados em um relatório de prestação de contas. A revista + Município está disponível na versão online (clique aqui) e foi distribuída para todas as prefeituras. “A maioria dos gestores que participou do estudo aprova o programa e demonstra ansiedade em relação à sua continuidade”, avalia Eduardo.
Além de levantar os resultados obtidos pelo programa Mais Médicos, os Diálogos também revelaram as demandas para aprimoramento do programa como a necessidade de aproximar a supervisão do aos gestores e médicos; de se promover o aprimoramento do SUS no sentido da integração entre a atenção básica e os demais serviços, assegurando o fluxo de informações; garantir aos municípios mais recursos para a compra de insumos e medicamentos fundamentais para a qualidade da atenção básica; e investimentos em ferramentas de comunicação, como acesso à internet e rede telefônica em todas as unidades de saúde.