Os moradores de parte do Amazonas poderão voltar a ter duas horas de diferença em relação ao horário de Brasília. Senadores votaram a favor da mudança, nesta terça-feira (8). A partir de agora, a presidente Dilma tem quinze dias úteis para vetar ou sancionar o projeto. A lei só entra em vigor após ser publicada no Diário Oficial da União. Ao todo, 13 municípios amazonenses deverão ser afetados. A mudança atinge também todo o estado do Acre.
No Amazonas as cidades afetadas serão Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Ipixuna, Tabatinga, Guajará, São Paulo de Olivença, Jutaí, Itamarati, Pauini e Lábrea. Segundo a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), a população destes municípios não foi consultada a respeito da mudança.
Vanessa afirmou ter orientado aos municípios que se posicionaram contra a mudança a se manifestarem diretamente com a Presidência da República, já que existe a possibilidade de veto no caso do Amazonas. “Tendo em vista que a população não foi ouvida e que grande parte já está acostumada com o novo horário, pelo que nós depreendemos de conversas com o povo e prefeitos e vereadores destes municípios, nós fizemos uma mudança na redação do projeto para que, se os municípios amazonenses quiserem com o horário igual o de Manaus, eles poderiam pleitear o veto apenas no dispositivo que trata do estado do Amazonas”, disse.
Mudança
Os fusos do Acre e de parte do Amazonas foram alterados, em 2008, por meio de uma lei que reduziu de duas para uma hora a diferença em relação ao horário de Brasília. O objetivo da mudança, na época, era minimizar os prejuízos sociais, culturais e até econômicos diante do restante do país.
Até 1913, o Brasil possuía apenas um único fuso horário, então houve a sanção da Lei 2.784 pelo presidente Hermes da Fonseca. A lei dividiu o território nacional em quatro fusos, seguindo o Meridiano de Greenwich como referência.
Fonte: G1