Diálogo reuniu lideranças locais e internacionais para consolidar o papel dos municípios no enfrentamento da crise do clima e na promoção de equidade social
A Associação Brasileira de Municípios (ABM), em parceria com a Federação Latino-Americana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais (FLACMA), promoveu nesta terça-feira (4) o “Diálogo sobre Justiça Climática: O Papel dos Governos Locais rumo à COP30”. O evento, paralelo à programação do Fórum de Líderes Locais da COP30, ocorreu no Hotel Windsor Florida, no Rio de Janeiro, e marcou um importante passo na articulação das cidades para a Conferência do Clima da UNFCCC, que será realizada em 2025, em Belém (PA).
Com apoio de Mercociudades, CGLU e do Pacto Global de Prefeitos e Prefeitas pelo Clima e a Energia (GCoM), o encontro reuniu redes municipalistas, organizações e prefeitos/as nacionais e internacionais. O objetivo central foi consolidar uma agenda latino-americana que una mitigação e adaptação climática à justiça social, posicionando os governos locais como agentes fundamentais nesta transição.
O vice-presidente Nacional da ABM, Adinan Ortolan, destacou a urgência do tema e o protagonismo municipal. “As cidades estão na linha de frente da crise climática. São os governos locais que sentem primeiro os impactos das enchentes, das secas e dos eventos extremos, mas também somos nós que estamos implementando soluções inovadoras e concretas nos territórios. Não há justiça climática sem equidade social e sem o fortalecimento dos municípios”, afirmou Ortolan.
O evento foi estruturado em mesas de diálogo de alto nível, que abordaram desde a integração entre inclusão social e ação climática até a coordenação entre as agendas global e regional. Os debates enfatizaram a necessidade de uma governança multinível mais inclusiva, onde a voz subnacional seja ouvida e considerada nas negociações internacionais.
Principais resultados e próximos passos
O Diálogo cumpriu seu papel de reforçar a cooperação entre as redes municipalistas e as organizações internacionais, criando uma base sólida para ações conjuntas. Além disso, deu visibilidade à agenda subnacional brasileira e latino-americana, destacando a liderança dos territórios na promoção de uma transição justa.
A atividade, inserida no contexto estratégico do Fórum de Líderes Locais, serviu como um momento crucial de alinhamento político e construção de consensos, fortalecendo uma voz comum para a região no caminho até a COP30. A mensagem final é clara: as cidades da América Latina estão unidas e prontas para liderar pelo exemplo, mas demandam mais recursos, capacitação e um assento permanente na mesa de discussões sobre o futuro do planeta.






