A Associação Brasileira de Municípios (ABM) tem uma participação ativa e de destaque no “3º Fórum Mundial de Cidades Intermediárias: Uma Plataforma para a Transformação Sustentável”, em andamento desde quarta-feira (22), em Cuenca, Equador. O evento, organizado pela Rede Mundial Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) e pela Prefeitura de Cuenca, reúne líderes de governos locais, instituições internacionais e parceiros-chave para debater estratégias para um futuro urbano mais resiliente e inclusivo, com foco especial nas mudanças climáticas, transformação ecológica e relações urbano-rurais.
O presidente da ABM, Ary Vanazzi, representa a entidade em diversas atividades ao longo do Fórum, levando a voz dos municípios brasileiros para o debate global. No dia 23, Vanazzi abriu sua participação como palestrante na Plenária 1, abordando os desafios enfrentados pelas cidades, as mudanças climáticas, o Conselho da Federação – destacando o Compromisso Federativo assinado pelo presidente Lula, um pleito da ABM e outras entidades municipalistas -, e o engajamento com a Coalizão de Alta Ambição para Parcerias Multiníveis para a Ação Climática (CHAMP).
“O Brasil foi o primeiro país do mundo a inserir a CHAMP no seu compromisso climático até 2035, e a ABM se orgulha de ter liderado este movimento. A CHAMP não pode ser uma agenda que vem do global para o local, mas sim construída pelas cidades e pelos prefeitos e prefeitas. Por isso, os gestores locais precisam ser ouvidos no processo de formulação de políticas. A ABM está 100% comprometida com a CHAMP e coloca toda sua equipe com um objetivo: que a COP 30 seja a COP das cidades”, afirmou.
Na Plenária 3, com foco nos desastres climáticos, Vanazzi contribuiu com sua experiência, enfatizando os impactos desses eventos na infraestrutura das cidades intermediárias. Ele citou o caso de São Leopoldo/RS, município que governou, e ressaltou a importância de associações como a ABM para fortalecer a capacidade de resposta dessas cidades.
Um dos momentos mais importantes da participação da ABM foi na Plenária 4, onde Vanazzi apresentou as ações da entidade em preparação à COP30, que será realizada em Belém, no Pará. Ele reforçou a importância da realização da atividade na região amazônica e revelou que a ABM se reuniu com o presidente da conferência para assegurar a inclusão das pautas municipais. “Queremos garantir que as vozes e as necessidades dos municípios brasileiros, especialmente os pequenos e médios, sejam ouvidas e consideradas nas discussões globais sobre o clima. A ABM está empenhada em apoiar esses municípios no desenvolvimento de capacidades e planos de ação para enfrentar os desafios climáticos, e a COP30 representa uma oportunidade crucial para avançarmos nessa agenda”, garantiu. Durante a programação, Vanazzi também participou do Bureau Executivo da FLACMA (Federação Latino-Americana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais).
Hoje (24), último dia do evento, Vanazzi participou do café da manhã com o Consórcio de Gobiernos Autónomos Provinciales del Ecuador (CONGOPE). Nesta tarde, almoça com a Associação de Municípios do Equador (AME) e, a partir das 14h30, debaterá os caminhos para recursos e meios de implementação para cidades de médio porte, com resposta à pergunta central do painel: “Como cidades intermediárias podem superar os desafios de falta de recursos para apoiar a resiliência climática, a justiça social e o desenvolvimento de infraestrutura sustentáveis?”. Suas contribuições trarão a perspectiva municipalista para a busca de soluções e financiamentos para projetos de desenvolvimento sustentável. Na sequência, participará do encerramento oficial, onde haverá a apresentação da Declaração de Cuenca sobre as Cidades Intermediárias.
A atuação da ABM no Fórum Mundial de Cidades Intermediárias reforça o compromisso da entidade com a construção de cidades mais resilientes e sustentáveis, além de evidenciar a importância do protagonismo dos municípios na agenda climática global. A presença ativa do presidente Vanazzi garante que as demandas e experiências dos municípios brasileiros sejam levadas em consideração nas discussões e na construção da Declaração Global que resultará do evento.