O Brasil tem mais 1,5 milhão de trabalhadores de nível técnico/auxiliar da Saúde. Os chamados “trabalhadores invisíveis” que enfrentam diariamente novos casos e óbitos relacionados à Covid-19 nos hospitais e nas unidades de saúde, encaram um cotidiano anonimato nas instituições e em suas equipes. Técnicos de enfermagem, de Raio X, de análise laboratorial, de farmácia, maqueiros, motoristas de ambulância e outros mais, são por vezes subvalorizados.
Um estudo sobre a condição de vida, trabalho e saúde mental dos trabalhadores de nível técnico/auxiliar da Saúde tem sido realizado por uma equipe de pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e Centro de Estudos Estratégicos (CEE)/Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), sob coordenação da pesquisadora Maria Helena Machado.
O questionário visa entender como os trabalhadores estão lidando com a pandemia em seu dia a dia: se já tiveram Covid-19 e se sentem resguardados em seu ambiente de trabalho contra o vírus, se sofreram algum tipo de violência ou discriminação, entre outros pontos. A pesquisa é fruto de um subproduto de outro estudo Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil.
A coordenadora da pesquisa explica “Essa legião de trabalhadores da Saúde está cotidiana e diretamente na linha de frente atendendo a mais de 8 milhões de contaminados pela Covid-19 e lidando com mais de 200 mil óbitos em todo o país. Além disso, estão expostos à infecção, sofrem com a morte de colegas, e boa parte está desprotegida de cuidados necessários, sem, de fato, ter voz e meios de expressar a real situação no cotidiano do seu trabalho e de sua vida pessoal, no que se refere à saúde física e mental”
O questionário tem como proposta gerar informações que ajudem na formulação de políticas públicas, no campo da gestão e condições de trabalho do grupo invisibilizado, além de melhorias no Sistema de Saúde. A FIOCRUZ salienta que informações prestadas são sigilosas e sua divulgação será de forma agregada, evitando qualquer identificação, com participação não obrigatória ao trabalhador. Para participar da pesquisa basta responder o questionário disponível neste link ou no site da FIOCRUZ