Associação Brasileira de Municípios (ABM) acompanhou tratativas que garantem energia fotovoltaica a 30 escolas em comunidades isoladas
O Ministério da Educação (MEC), por meio do Subgrupo Técnico do Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (GAPE), aprovou o remanejamento de kits de energia solar fotovoltaica para 30 escolas públicas do município de São Gabriel da Cachoeira (AM), localizado na região do Alto Rio Negro. A medida beneficiará principalmente comunidades indígenas e tradicionais que hoje não têm acesso à energia elétrica.
A Associação Brasileira de Municípios (ABM) atuou como articuladora da demanda, acompanhando a vice-prefeita do município e vice-presidente da ABM para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, Eliane Falcão, em reunião no MEC no dia 26 de março. O encontro contou com a participação da Coordenadora-Geral de Tecnologia e Inovação da Secretaria de Educação Básica (CGTI/DAGE), Ana Úngari Dal Fabbro, e do consultor Guilherme França.
Escolas isoladas ganham prioridade
Durante as tratativas, foi discutido o Programa Aprender Conectado, que prevê a instalação de sistemas de energia solar em escolas públicas. A Secretaria de Educação de São Gabriel da Cachoeira identificou que algumas unidades escolares inicialmente contempladas já possuem acesso à energia convencional (“comercial”), enquanto outras, em áreas remotas, permaneciam sem qualquer fonte de eletricidade.
Diante disso, o MEC autorizou o remanejamento dos kits fotovoltaicos para atender prioritariamente as escolas em locais isolados, garantindo condições básicas para o funcionamento das aulas e o acesso à internet. Até setembro de 2025, 30 das 47 escolas solicitadas serão atendidas, e as 17 restantes receberão os equipamentos até dezembro do mesmo ano.
ABM reforça compromisso com educação e inclusão
A vice-prefeita Eliane Falcão destacou a importância da medida: “Essa decisão vai transformar a realidade de centenas de estudantes indígenas, que hoje estudam em condições precárias. A energia solar é essencial para garantir conectividade e qualidade no ensino.”
A ABM, por sua vez, reafirmou seu papel na mediação entre municípios e o governo federal, especialmente em demandas que envolvem populações tradicionais. “Acesso à energia e à conectividade são requisitos para a educação, direitos que o estado brasileiro tem se dedicado a cumprir com engajamento crescente. Continuaremos trabalhando para que mais municípios, comunidades e indivíduos acessem estes direitos”, afirmou a assessora de projeto Yara Martinelli.
Por Cleuber Nunes, da ABM






