Na próxima segunda (24), cerca de 600 prefeituras mineiras irão paralisar seus serviços municipais. O movimento “Crise nos municípios: prefeituras de Minas param por você” tem por finalidade pressionar os governos federal e estadual para o cumprimento das responsabilidades com os municípios.
Entre as reivindicações estão a recuperação do Fundo de Participação de Municípios (FPM), a redistribuição da arrecadação de impostos, definição dos repasses pendentes dos convênios entre a União, estados e municípios e revisão do Pacto Federativo.
“Os repasses do governo federal e estadual são as maiores fontes de receitas da maioria dos municípios, quando não são a única fonte. E esses repasses estão diminuindo cada vez mais, forçando os prefeitos a tomarem decisões drásticas para conseguirem atender as demandas da população”, explica Antônio Júlio, presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM).
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Para demonstrar o porquê a população tem sentido os reflexos da crise vivida dos municípios, a AMM esclarece a relação direta entre os repasses federais e estaduais e a aplicação destes recursos na saúde, educação, segurança e desenvolvimento econômico para geração de emprego.
“Um exemplo é o recolhimento de impostos. De cada R$100 recolhidos em tributos, apenas R$18 ficam nos cofres municipais, enquanto para a União são destinados R$56 e para o Estado, R$26. Os números, por si só, demonstram a enorme concentração de recursos no governo federal e a grande dificuldade dos prefeitos em administrarem a pequena receita frente às inúmeras obrigações”, finaliza.
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*Com informações da AMM