A Associação Brasileira de Municípios (ABM) vai articular a partir dessa semana o lançamento da campanha “Cadê Nossa Vacina?” para cobrar do governo Federal a quantidade suficiente para que as prefeituras possam imunizar a população contra a Covid-19. A ABM convidará as demais entidades municipalistas para uma reunião de trabalho na próxima semana para estruturar a iniciativa.
A campanha “Cadê Nossa Vacina?” foi uma das sugestões do evento “ABM Debate: Financiamento e Ações em Saúde no primeiro ano de Governo” realizado nessa quarta-feira, dia 20, que reuniu Mônica Aguiar, presidente da ABM e ex-prefeita de Camocim (CE), Alexandre Padilha, deputado Federal e ex-Ministro da Saúde, Erika Aragão, Presidente da Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABRES) e o prefeito de São Leopoldo/RS e ex presidente da ABM, Ary Vanazzi. O ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi convidado, mas não compareceu.
Em sua exposição o prefeito de São Leopoldo (RS) informou que o seu município, como os demais, está preparado para imunizar a população. A quantidade de doses destinada, porém, é menor do que o acordado pelo ministério no calendário anunciado na última semana.
“Na próxima semana não haverá mais vacinas para aplicar na população. O que foi distribuído agora é insuficiente. A população irá cobrar providências dos prefeitos, mas a responsabilidade é do governo Federal que está coordenando o Plano Nacional”, ressaltou Vanazzi.
Eduardo Tadeu Pereira, diretor Executivo da ABM, que coordenou o evento, foi enfático ao afirmar que as prefeituras estão preparadas com toda a estrutura que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece para vacinar a população em seus territórios, mas “a quantidade disponibilizada de doses é insuficiente para imunizar a população”.
A campanha pretende alertar a sociedade brasileira e mostrar a preparação e disposição dos municípios para imunizar a população. “Só a união das prefeituras, entidades da sociedade civil e a cidadania em geral pode sensibilizar o governo a tomar atitudes mais resolutivas em relação à vacinação contra a Covid 19”, conclui o dirigente da ABM.