Delegados do Grupo Aberto de Trabalho Permanente pela Unidade dos Governos Locais (GATP), composto por redes de cidades sul-americanas, foram recebidos pelo Secretário Geral da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) e ex-presidente da Colômbia, Ernesto Samper, em Quito-Equador. Eles analisaram alternativas para promover uma articulação mais efetiva entre os governos locais e nacionais sul-americanos, com o objetivo de formular políticas eficazes no âmbito do desenvolvimento sustentável e urbano na América Latina.
Eduardo Tadeu Pereira, representou os governos locais brasileiros na reunião com Samper, junto com Jorge Rodriguez, representante da Rede Mercocidades; Fernando García, da Associação Colombiana de Cidades Capitais; e Cláudio Sule, da Associação Chilena de Municípios. O grupo aberto de trabalho também tem como membros a Frente Nacional de Prefeitos (Brasil) e a Rede do Fórum de Autoridades Locais de Periferias por Metrópoles Solidárias.
Ernesto Samper reconheceu a necessidade de criação de um movimento coeso, que fortaleça os municípios sul-americanos e, dessa forma, eles conquistem cada vez mia autonomia e soberania. “Muitos governos federais submetem a atuação dos municípios às políticas nacionais. É preciso unir os governos locais para lutar contra isso”. Ele ainda destacou a importância de criação de um canal de diálogo com os governos locais. “A Unasul quer intensificar a agenda da participação cidadã e nos interessa criar caminhos que cheguem aos governos locais e reforçar a importância de criação de uma rede sul-americana.
Para Jorge Rodriguez, representante da Rede Mercocidades, “é importante a sensibilidade e interesse de Samper na busca por maior representatividade sul-americana”.
O GATP defende uma nova forma de representação da América Latina na CGLU, através da criação da CGLU Latino-americana, que,a além das redes de cidades que o fundaram, incorpore também outros governos locais, redes e associações.
A proposta é que essa nova entidade seja apresentada pela CGLU como a nova representação da América Latina antes do Conselho Mundial, em dezembro de 2015 e, dessa forma, reconhecida oficialmente, inclusive nos estatutos.