Em discurso na 5ª Conferência das Cidades, a presidente Dilma Rousseff disse na noite da última quarta-feira (20) que ainda avalia a criação da terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida.
Segundo Dilma, o déficit habitacional no país ainda não foi superado, por isso, a necessidade de se estudar a continuidade do programa. “Independentemente do que aconteça em 2014, estamos avaliando a continuidade”, frisou a presidente. Ela destacou ainda que é preciso definir qual será o novo desafio em termos de construção de novas casas.
Assim como o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, Dilma comemorou a contratação de 2 milhões de unidades habitacionais em seu governo, sendo que 1,4 milhão de casas já foram construídas. A meta, segundo Dilma, é contratar mais 750 mil unidades até o fim do governo.
Dilma ressaltou que todos têm preferência por algo e, no caso dela, é o Minha Casa, Minha Vida. Lançado em 2009, o Minha Casa, Minha Vida atende famílias com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 5 mil. Quanto menor a renda, maior o subsídio concedido pelo governo federal.
Dilma também assinou nesta quarta-feira, durante a conferência, decreto que dispõe do Plano Nacional de Saneamento Básico e um grupo de trabalho para acompanhar sua implementação.
Durante seu discurso, a presidente destacou que tem “uma fixação por saneamento básico”. Segundo ela, em seu governo, já foram aplicados R$ 93 bilhões em saneamento básico. No passado, segundo ela, cerca de R$ 500 milhões eram investidos no setor em todo o país, mas agora essa curva mudou. “Uma cidade do Brasil hoje recebe R$ 500 milhões, não o país inteiro”, frisou Dilma, em referência a governos anteriores.
A presidente destacou ainda que muitos não investem em saneamento básico porque está “escondido lá no solo”. “Tubos e canos estão lá embaixo. Ninguém vê, mas são fundamentais para o país”, comentou. Ela ressaltou que é essencial para a melhoria do índice de desenvolvimento do país ter água e esgoto tratado.
Outro ponto abordado pela presidente no evento foi o da mobilidade urbana. Segundo Dilma, após as manifestações nas ruas em junho, o governo fez investimentos de R$ 50 bilhões nessa área. “Limpamos o caixa”, afirmou a presidente .
Dilma disse também que a prioridade desses investimentos é o transporte sobre trilhos, principalmente metrô e veículos leves sobre trilhos. O outro foco é estimular a integração entre os meios de transporte e o bilhete único para reduzir os custos das tarifas.
Fonte: Valor
Foto: Roberto Stuckert