O segundo dia de debates do Encontro Regional de Municípios Centro Oeste iniciou com a mesa “Alternativas para a modernização e qualificação da gestão do SUS”, dirigida pela prefeita de Ceres/GO, Inês Brito. O debate teve como objetivo relatar as dificuldades enfrentadas pelos municípios e buscar soluções para resolver os problemas da área.
Ítalo Seixas, Assessor de Planejamento de Saúde, sugeriu que trabalhos de força tarefa fossem realizados nos municípios para fortalecer o combate à dengue; que haja implantação de novas unidades de saúde e casas de parto; que serviços como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) seja fortalecido, pois auxilia famílias de baixa renda; e a implantação de núcleos de educação e pesquisas na área da saúde. Segundo Ítalo, “esse tipo de trabalho não só fortalece os municípios como evita o deslocamento de moradores para outras regiões, evitando a superlotação e filas de espera nos hospitais dos municípios vizinhos.”
Para o presidente do CONASEMS, José Fernando Casquel Monti, o pacto federativo na saúde deve ser capaz de definir com clareza as responsabilidades de cada ente, levando atendimento de qualidade aos hospitais municipais. Segundo ele, “a atribuição de prestar serviços de qualidade é função dos municípios, mas para que isso ocorra ele precisa do apoio do governo federal.”
Jorge Harada, diretor do Departamento de Articulação Interfederativa do Ministério da Saúde, afirmou que é dever do Ministério da Saúde dar suporte aos municípios. Há diferenças entre municípios e regiões e cada um deles apresenta diferentes problemas e necessidades. Para ele, “eventos como Encontro Regional de Municípios tem papel fundamental para o esclarecimento e abordagem dos problemas municipais. O ministério da saúde precisa dessa articulação para discutir a melhor maneira de auxiliar os municípios a sanar os problemas da saúde.” O Ministério da Saúde se comprometeu em ouvir os problemas de cada município e auxiliá-los da melhor maneira possível. Temos uma responsabilidade com a saúde municipal, não é dos prefeitos e nem secretários, mas sim do Ministério da Saúde e nós firmamos o compromisso de ouvir e auxiliar os municípios”, finalizou Jorge.